sexta-feira, 19 de março de 2010

Aquiete-se


Muitas vezes fico intrigado com o que ouço muitos filhos de Deus falando. Não pelo que eles falam em si, mas porque na hora da adversidade suas afirmações não condizem com o seu comportamento. Deixe-me explicar.

Quantas vezes você já ouviu pessoas afirmando “Eu sou filho de Deus!”, ou, “Eu sou filho do Rei!”, ou ainda “Eu sou mais que vencedor!”, mas quando os problemas surgem e as ansiedades começam a aparecer não conseguimos ver toda essa confiança na vida dessas mesmas pessoas.

Você deve lembrar-se da passagem tão conhecida do Sermão do Monte onde Jesus fala a respeito da ansiedade.

“Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com o que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas.”

Mateus 6:31-32

Você deve lembrar que a maioria dos ouvintes de Jesus naquele tempo era composta de judeus. E se tinha algo que os judeus se orgulhavam era de afirmar que tinham a Deus como seu Pai. Jesus sabia disso, mas pelas Suas palavras fica bem claro que muitos desses judeus que afirmavam confiar tanto em Deus viviam se comportando como se não O conhecessem.

Você já parou para pensar em como nós, que nos dizemos cristãos e filhos de Deus, muitas vezes nos comportamos da mesma forma como os que não conhecem a Deus quando os problemas aparecem?

Falamos que confiamos tanto em Deus, mas quando surgem os problemas acabamos ficando tão ansiosos como ficam aqueles que não conhecem a Deus. Você não acha que tem alguma coisa estranha nisso? Onde fica a nossa confiança no Pai celeste?

Gostaria de compartilhar com você algo muito interessante escrito por um dos melhores autores cristãos que conheço chamado Charles Swindoll. Veja o que ele escreveu sobre preocupação e ansiedade:

“Após anos de estudos sobre a ansiedade (e vivendo a ansiedade por mais vezes do que eu gostaria de lembrar), consegui organizar o que aprendi sobre o poder destrutivo das preocupações e ansiedades em quatro princípios práticos. Para que você se lembre deles com facilidade, utilizarei a matemática: adição, subtração, multiplicação e divisão.

1. Quando nos preocupamos, adicionamos pressão desnecessária a um recipiente que já está cheio. Tentar suprir as expectativas de todos acrescenta a pressão desnecessária.

2. Quando nos preocupamos, subtraímos a presença de Deus de nossas crises. A adversidade menos a presença de Deus é igual a dúvidas e medo.

3. Quando nos preocupamos, multiplicamos nossos problemas tentando solucioná-los de forma prematura. A ansiedade nos atinge quando insistimos em encontrar nosso próprio caminho na vida, ao invés de andar com a companhia de Deus na jornada.

4. Quando nos preocupamos, dividimos a vida entre o sagrado e o secular. Deus não quer que façamos esta divisão, em compartimentos. Ele quer que todos os aspectos de nossa vida estejam debaixo do seu controle.”

Espero que você medite muito bem no que Swindoll escreveu.

“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.”

Mateus 6:34

Quantos de nós podem afirmar que obedecem de verdade o que Jesus nos deixou ordenado neste versículo?

“Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.”

1 Pedro 5:7

Quantos de nós temos feito o que o apóstolo Pedro nos aconselhou a fazer?

Quantas vezes nós lançamos os nossos problemas ou os “entregamos” nas mãos de Deus, mas a ansiedade é tanta em nossos corações que, em menos de dez minutos já estamos “pegando” os problemas das mãos de Deus e tentando resolvê-los nós mesmos?

Enquanto não mudarmos a nossa atitude com relação a isso, jamais veremos a nossa fé em Deus aumentar. Então, vou lançar um desafio para você hoje. Leia o versículo abaixo, e comprometa-se a obedecê-lo: “Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus.” (Salmos 46:10).

Então AQUIETE-SE!

(Pastor Sergio Muller)

Deus te abençoe!
Bom fim de semana!

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