sábado, 10 de agosto de 2013

Paiê!!

O que é ser pai?
Meu pai era meu herói. Com ele a diversão era certa.
Andar nas costas dele, aprender a dirigir, ir pescar, nadar no rio, ir pra praia no meio da semana depois da aula, comer batata frita, aprender a andar de bicicleta...
Tudo sempre foi mais divertido com ele.
Ele até construiu uma casa de boneca pra mim. Mas isso define ele como meu pai?
Pai não é aquele que registra e cria, conforme o povo diz, mas é aquele homem que transmite uma boa figura de macho alfa para você.
O macho alfa é aquele que você admira, honra e respeita.
Meu pai teve várias falhas comigo, mas hoje depois de grande, por assim dizer, percebo que mesmos essas falhas me fizeram crescer e amadurecer.
Por exemplo, meu pai não deixava que meninos se aproximassem de mim, entretanto ele era muito amigo dos meus amigos. Bem poderoso chefão, mantenha os amigos próximos e os inimigos mais próximos ainda!
Assim ele conseguiria acertar de perto um tiro caso precisasse! Ou não!
Rá!
Mas ele me passou aquela figura de protetor, de provedor, de cuidador, de porto seguro, para quem correr no meio do turbilhão.
Mesmo depois de grande procuro ele para decidir certas coisas e aprendo com sua sabedoria e histórias.
Lá pelos 20 anos, conheci um outro pai. Um que não falha, que está 24 horas por dia ao meu lado, cuidando do: meu sono, meu caminhar, meus pensamentos e tá ali oferecendo seu colo e seu amor a qualquer segundo.
É com Ele que gosto de compartilhar o que sinto e penso, e aprender a viver da forma que Ele sonhou para mim.
É meu Aba Pai que ouve até minhas lamúrias e tristezas com meu pai Léo.
Ele me entende, me ouve, me ensina e até demonstrou amor por mim. Da forma que eu não merecia, mas demonstrou para ficar cada vez mais perto de mim. Cuidou de mim quando tudo de sangue não acolheu e me deu o que precisava.

Deus é meu Pai e minha maior riqueza.
Pai maravilhoso, Feliz dia dos Pais.

Ps: Quando eu te encontrar face a face quero muito tirar uma foto contigo. E viver para sempre em seu colo ouvindo suas histórias, antes e depois de Cristo.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Lista de presentes

Eu sou a mulher da lista. Faço lista de tudo. Sim, eu disse de tudo! Do que comer, do que comprar pra comer, do que comprar pra vestir, das provas que preciso fazer, planos de aula para terminar, tarefas do lar pra concluir, a frequência que Marie enche a fralda e por aí vai.
Eu sou a mulher da lista. Se me pego pensando, pode ter certeza estou fazendo listas.
De noite sem conseguir dormir: listas, assistindo TV no modo piloto automático, preparando listas.
Enquanto dirijo, tomo banho ou como, criando listas.
Passei uns 3 anos da minha infância com meu pai na oficina de carro dele. Depois da aula eu levava minhas tralhas para lá e passava o resto do dia. Foi ali, acho eu, que comecei essa história de lista. Meu pai até levava a TV pra me distrair, mas mesmo assim eu fazia lista do que assistir.
Sempre fui mais puxa do meu pai, confesso que ele me ensinou mais coisas: a nadar, pescar, pegar caranguejo, cozinhar, ele até pintava as unhas da minha mão direita já que com a esquerda eu não conseguia. Eu sempre fui muito ciumenta dele, e como sou filha única a superproteção era exacerbada!
O pai sempre foi meio sargento, linha dura, eu tinha que andar na lista, ops, na linha, primeiro as tarefas, depois eu estudava todo o conteúdo que tinha aprendido naquele dia da escola, depois ele tomava a lição e corrigia, principalmente as tarefas de matemática, aí eu podia lanchar e fazer o que quiser.
Depois cresci um pouco e fiquei um período em casa sozinha, logo depois no início da minha adolescência eu voltei a passar mais tempo com ele, porque minha mãe fazia faculdade em outra cidade, assim nós tínhamos as noites de sexta, que eram exclusivas de pizza.
Meus melhores amigos sempre foram homens, tenho um que é até hoje, o D.R., agente se conhece desde os 10 anos namoramos até, pouco tempo, sempre andei mais com os guris, e o papo deles eram mais interessantes, do que chapinha, esmalte e beijo na boca. Eu não curtia conversar sobre isso, eu fazia ;)
Depois namorei com 15 anos, o M.R.P. nossa, uma paixão doida, mas foi bom, aprendi muito com ele. Ficamos 5 anos juntos. Aos 20 descobri a maravilha de ser e estar solteira.
Descobri, vejam só, um universo feminino. Fiz amizades com mulheres, das boas sabe, de poder contar e conversar e entender. Aí com 23 voltei a namorar, noivei e casei. Engravidei e cá estou eu.
Contei tudo isso para mostrar que tive muito mais contato com homens.
Homens não tem listas. Eles fazem uma coisa de cada vez. Sim, uma coisa só, não escovam os dentes enquanto se vestem. Não andam enquanto comem. Ou assistem TV ou ficam na internet.
Acho um barato isso. Eles fazem uma só coisa com uma destreza fenomenal.
São fortes para abrir um vidro de conserva (confesso que eu consigo também) e fracos quando estão resfriados. Necessitam de cuidado extremo na doença e atenção excessiva na carência.
Mas uma coisa que percebi é que: eles não sabem dar presente!
Sério! Ou dão rosas, ou chocolates. E na boa não é culpa deles.
Tenho pena deles porque homens são diretos, se estão com fome eles falam que estão com fome e não como mulher fala: olha um restaurante, será que é bom? ou Você já comeu aqui?
Mulher é peão, adora um rodeio! Não atinge o alvo, não fala logo, fica ali procurando as melhores palavras para se expressar e no fim das contas, minha querida os homens não entendem.
É de rir.
Meu pai nunca me deu presente, assim sabe de ir na loja e ele escolher. Mas ele curte ir comigo comprar e até dá palpites. Aliás ele tem um excelente bom gosto para sapatos, estranho não?
O D.R. me deu um colar com um sol que metade ficava comigo e a outra com ele. Lindo, romântico mas hoje pra mim soa cafona. Ele me deu ainda no saco plástico, sabe sem a embalagem de presente, no portão lá de casa.
O M.R.P. era o campeão dos presentes: fazia cagada, era um presente. Bom e ruim, ele só me dava bichos de pelúcia, no final de 5 anos de namoro eu tinha mais de 45 dados só por ele! Imagine!
Meu marido, tirando a aliança de noivado ele nunca tinha me dado nada. Nesse ano eu só ganhei 3 flores no dia da mulher. Passou aniversário, dias das mães e dia dos namorados e nada.
Foi por isso que criei a lista de presentes. Desde 1,99 até o mais caro, um carro claro.
Deixa eu sonhar, vai!
Sério, ele falou que foi a melhor coisa que fiz.
Fui objetiva e não fiquei no discurso: o que você quiser dar tá bom! ( e no final você nem gosta e fica sem jeito de usar e de não usar!) ou ainda, você que sabe! ( Se mulher soubesse a raiva que eles tem de ouvir essa frase, nunca mais diria, ou diria só pra irritar e fazer charminho)
Portando, não sofra mais imaginando o que irá ganhar e como irá fazer para trocar o presente.
Faça uma lista do que quer, específico e direto, sem firulas.
Para mim deu certo, já ganhei várias coisinhas da lista.
Acho que vou fazer uma nova.
É, eu sou cheia das listas!

domingo, 4 de agosto de 2013

Você tem medo de quê?

Moro na maior cidade do estado de Santa Catarina, Joinville é enorme, seus bairros são grandes e cada bairro parece uma mini cidade, pois tem tudo, escola, farmácia, supermercados e lojas assim ó de tudo que é tipo.
Quando eu era menor, meus pais sempre trabalharam e eu fiquei uma parte da minha infância mais com meu pai, ele tem uma oficina de carro e pra lá eu levava meus livros, tarefas da escola e minhas bonecas.
Para uma mulher eu até que entendo de carro, peças, marcas e nomes. Enfim.
Na época meu pai me buscava de bicicleta na escola e cruzávamos a cidade até a oficina dele, de bicicleta, de carro, de moto. Quando meu pai saia para resolver as coisas dele eu ia junto, claro!
E ele sempre me contou todas as histórias e me ensinou a sobre como se virar em uma cidade, se localizar, ver norte, sul e por aí vai.
Toda vida que saíamos ele me falava o nome das ruas, o bairro a que pertencia, e me fazia ver os tipos de comércio que existiam ali.
Hoje, eu me viro muito bem obrigada dentro da cidade, dou carona, trabalhei em várias escolas diferentes, e antes do google maps existir eu já tinha o mapa da minha cidade na cachola.
Sei de coração nomes de ruas, e consigo sempre cortar caminho.
Numa dessas sextas-feira eu, saí de casa já tarde da noite, peguei meu bebê e fui na casa de uma amiga, junto com outras 4 amigas nos reunimos para orar por alguém, conversar coisas tolas, e comer. Afinal, era sexta a noite e ninguém tinha compromisso.
Enquanto estava indo, eu percebi que o ritmo cardíaco da cidade ia diminuindo, as pessoas não estavam mais circulando como durante o dia, e a medida que ia me aproximando da casa da minha amiga, a escuridão aumentava.
Aí fiquei pensando sobre coragem, e que foram poucas situações, de contar no dedo, que senti medo em andar sozinha, ou me sentir estranha em algum local.
Ali no carro, enquanto dirigia e minha boneca dormia, fui falando com o Eterno e questionei porque eu não sentia medo?
Você tem medo de quê?
Eu sinto medo de altura, moro no quarto andar, mas não olho pra baixo. Jamais!!
Não sou fã de aviões e detesto o imprevisível!
Morei sozinha durante 5 anos e voltava próximo a meia noite pra casa sozinha, de ônibus, de moto ou de carro.
E ali no carro enquanto eu dirigia e pensava eu cá com meus botões, meu Pai querido e amado, me falou que Ele sempre falou para quem crê nEle para não ter medo.
E está escrito mais de 365 vezes em seu livro. Ou seja, uma frase de "não temas" para cada dia do ano.
Você está segura sempre.
Eu em alegrei por confiar no Pai e saber que sempre está ali cuidando de mim, me guardando, me falando baixinho que está sempre comigo pro que der e vier. E ainda disse mais: que assim como meu pai Léo aqui, me ensinou e me mostrou como agir e onde ir, assim Ele faz comigo quando eu permito que Ele me ensine.
E só digo uma coisa: Deus é um excelente professor!

Não tenham medo deles. O Senhor, o Deus de vocês, é quem lutará por vocês". Deuteronômio 3:22

nesse Deus eu confio, e não temerei. Que poderá fazer-me o homem?Salmos 56:11

Ele os guiou em segurança, e não tiveram medo; e os seus inimigos afundaram-se no mar. Salmos 78:53
quando se deitar, não terá medo, e o seu sono será tranqüilo.Provérbios 3:24
Você tem medo de quê? Teu Pai Maravilhoso está ali com o colo aberto para te proteger!

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Quer casar?

Desde pequena brincava de casamento. Minha mãe tinha um estojo de maquiagem e eu pegava me enfeitava, colocava um ursinho como padre, e um monte de bonecas como convidados, minha vó me deu um pedaço de cortina e fazia o véu e assim eu encenava meu casamento. Ao ar livre. Os ursinhos sempre comiam o doce primeiro e meu buquê sempre caía no gramado.
Que menina que nunca sonhou com o casamento?
Na praia, ao ar livre, numa boate, no campo...
Aposto que tem muita mulher que repara em filmes com casamento desde o vestido até o noivo e todos os detalhes da festa.
Eu sou assim, quando estava preparando os detalhes do meu casamento, eu assisti um monte de filmes, de tudo que é tipo desde que tivesse casamento na história. Olhava o vestido, os doces, a lua de mel, o noivo, a entrada, tudo. Aí deitava na cama e sonhava. Ficava imaginando na minha cabeça cada detalhe. Onde iam ficar os convidados, os doces, o bolo, como eu ia entrar e tudo mais!
O dia D, passa rápido, quando você vê o sim já foi dito e está a caminho do hotel pra honey moon.
A festa aconteceu, e agora? Você se preparou para os próximos 20, 30 ou 50 anos?
Sonhou com você acordando descabelada com aquele bafo matinal, correndo pra catar uma roupa, tomar café rapidinho e ir correndo pro trabalho?
Não né! Nem eu!!
Pois é, ninguém imagina e sonha que o marido vai chegar em casa depois do trabalho sentar no sofá pegar o controle e paralisar ali. Ou pegar o video game, ou o notebook e ficar ali, como se o mundo pudesse acabar e explodir e ele nem notaria!
Aí você chega em casa e se depara com a roupa pra lavar, ou você lava ou entra pro club de nudista, comida pra fazer, casa pra limpar e agora, olha só, de brinde você ganhou um homem pra dividir um banheiro!
Isso mesmo, parabéns mulher, você tem um companheiro de banheiro!
Mina, acorda pra vida, se você não arruma o próprio quarto enquanto mora com seus pais, ou deixa suas roupas jogadas no chão e antes de usar dá uma cafungada, ou não lava uma louça pra sua mãe, ou pior sabe só fazer miojo...ACORDA PERUA!
Desce desse conto de princesa!
Ai, mas eu quero um príncipe!
Seja uma princesa: ora Cinderela limpava toda a casa, Branca de Neve cozinhava pros 7 anões, Bela era culta, lia muito, Tiana sabia cozinhar, Bela Adormecida sabia costurar...
Não to dizendo que a vida de casados seja um inferno da limpeza e que estará obrigada a manter a organização da casa, mas na real é assim.
Uma casa bem limpa tráz aconchego pro seu lar, deixa o marido feliz, afinal quem quer chegar do trabalho cansado e dormir em um chiqueiro?
Faz parte da mulher fazer isso! Ela deve manter a casa limpa e organizada para o próprio bem dela e da saúde de seu casamento.
Aqui em casa o meu príncipe me ajuda muito, lava a louça e faz o rango, ambos cozinhamos bem, mas ele gosta de fazer isso pra mim pra me agradar.
Então se você começou a namorar, noivar e tá planejando o casamento, acorda e veja que o casamento dura mais que o bolo dos noivos, é uma eternidade construída a dois, com mal hálito matinal, guerras de travesseiro, casa arrumada, dormir de conchinha e tomar banho juntos.
Boa bodas!

Antes de clarear o dia ela se levanta, prepara comida para todos os de casa, e dá tarefas as suas servas.
Provérbios 31:15

A mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua. 
Provérbios 14:1

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Livro do mês: Corda Bamba - Lygia Bojunga

Bom, a semana tem sido a mais fria em anos em Joinville - SC.
Nessa semana tão linda minha bebê completa 3 meses. E com esse frio todo eu tenho pena de trocar a fralda, imagine de dar banho. Hoje tem sido o mais frio da semana.
Ela dormiu quase a tarde toda e estou aqui com uma xícara de café e um livro.
Na minha lista de 101 coisas em 1001 dias, uma das coisas que quero fazer é voltar a ler. Sim, sou formada em Letras - português e inglês e estava sem ler há quase 2 anos!!
Estranho não?
Pois bem, depois desse período de briga literária e de tédio intelectual, afinal tenho assistido TV, ainda que seja paga, é um saco às vezes. Não me permite imaginar, lembrar, sonhar, viajar.
Tá ali, tudo pronto. Mastigadinho. Só pra eu engolir, sem nem pensar se faz efeito, se passa a fome.
Lygia Bojunga é muito especial pra mim. Tive uma professora de português: Elizabeth Aparecida Leal, era o nome dela, ela lia muitos livros dela. Durante a faculdade, houve um amigo secreto do qual ganhei esse livro de uma colega: Milena Sell, ela mora em uma cidade fria aqui de SC, São Bento do Sul.
O pobre do livro, com a dedicatória, estava na minha estante há mais de 3 anos, pegando poeira, sendo passarela pras baratas, lagartixas e afins.
Catei-o de lá e comecei a devorar!
Quanta nostalgia surgiu! Eu voltei a ser menina moça, viajei e estive em uma corda bamba na leitura.
A história é sobre Maria, sua pequena vida e como descobre como vivê-la e entendê-la. Tão pequena e quieta é Maria. Talvez sejamos como ela. Dentro de nós se faz necessário uma certa quietude e pequenez.
Apesar de ser literatura infanto-juvenil, esse pequeno papel (ah! o cheiro, sim o cheiro de livro é perfeito!) me mostrou uma outra Francine, um outro modo de visão e de perspectiva.
Se possível melhor!
Então estou indo, estender a minha corda, andar sobre ela e ver novos horizontes, ainda que seja somente em minhas leituras!
Bom inverno!

terça-feira, 23 de julho de 2013

No limite

Ontem fui ao oftalmologista, depois de pingar aquele maravilhoso colírio que dilata toda a pupila, voltei pra casa dirigindo.
Durante o caminho, ainda que eu não conseguisse enxergar bem de perto, de longe eu conseguia ver perfeitamente, percebi que as pessoas, os outros carros não respeitavam a faixa do meio da rua e isso me deixava apreensiva pois parecia que vinha pra cima de mim.
O que quero dizer com isso?
Cadê o respeito pelo próximo?
Siim, ninguém se importou ao ver que ocupando a outra pista eu tinha que passar por buracos e arrastar a calota do meu carro no meio fio.
Quantas vezes permitimos que as pessoas façam isso em nossas vidas?
Permitimos que invadam nossos limites, não nos preocupamos com o que é melhor pra nós e acabamos nos machucando.
Eu não consigo dizer não.
Toda vida, eu vivo falando sim. Tem dinheiro pra me emprestar, me dá uma carona, eu moro no norte da cidade e dou carona pra alguém do outro lado da cidade, fazer algo do qual não gosto e a lista continua.
Por amor fazemos coisas mesmo, mas acabamos não nos amando.
Acabo não respeitando aquilo que quero ou com que sonhei.
É preciso ter cuidado, pois também sou importante na sociedade, e eu machucada não poderei ajudar tanto quanto gostaria.
Interessante!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Contemplativa

O que faz você feliz?
Você feliz o que é que faz?
...
A canção da Clarisse Falcão para propaganda de um famoso supermercado martela minha cabeça por dias.

O que me faz feliz? O que abre um sorriso no meu rosto, uma paz de espirito, um calor no coração?
Eu tenho um bebê de quase 3 meses, ela aprendeu a rir com 40 dias, ela me olha, ou quando escuta minha voz e ri. Ela sorri.
Pra ela felicidade é uma boa mamada. Uma fralda sequinha sem assaduras. Uma cama quentinha e confortável. Uma roupa agradável.

Simples.
Fácil e rápido.
Aonde começamos a complicar nossa felicidade?

Será que quando crescemos não nos satisfazemos com coisas pequenas?
Ou faz parte da adultescência querer sempre mais?

Assisti esse dias o filme: O Fabuloso Destino de Amèlie Poulain, um filme francês de romance, nada de água com açúcar e beijos açucarados e diálogos diabéticos entre os personagens. Trata de mais que isso. Retrata o romance em viver, a sua característica a doçura da sua peculiaridade de caráter.

Tenho me estudado baseada nesse filme.

Amo ouvir o barulho da família de passarinhos que moram na caixa do meu ar condicionado.
Adoro sentir o cheiro da chuva. E de travesseiros com cheiro de sol. De livros velhos.
Arrepia os pelos do meu braço um solo de guitarra ou de saxofone. Ou a voz do Phill Collins e do Allan Jackson.
Sou viciada em palavra escrita, não consegui aderir aos e-books.
Faço listas pra tudo: tarefas do dia, o que comprar, o que comer, pessoas com quem falar.
Colocar a mão dentro de sacos com grãos me dão prazer.
Cozinhar e experimentar coisas novas me fascinam.

São pequenas coisas que amo e formam a famosa curva no meu rosto.

Infelizmente o fato de ter 25 anos não me possibilita vivenciar todos os dias uma dessas coisas.
Não pela idade, mas pela responsabilidade agregada a esse número.
São 4: mãe, esposa, professora e rainha-do-lar.

Não que essas 4 personalidade me deixem triste ou amarrada.
Mas a programação e rotina não me permitem desfrutar.
Todavia, consigo outros pontos de felicidade nesses momentos também.

Se faz o não faz feliz não é o mais criterioso. Entretanto carrego no coração uma confiança, um cuidado que sei que vem de alguém que muito me ama. E foi Ele quem fez tudo o que mais amo.


Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês", diz o Senhor, "planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.